A verdade e o moralismo estão sendo
demasiadamente relativizados, atualmente. Por que, então, não relativizemos a
mentira também? Afinal, se tudo é relativo, se não existe uma “verdade
absoluta”, ou em outras palavras, se existem várias categorias de verdades e
valores morais, pela lógica podemos admitir que existem uma infinidade de tipos
de mentiras também, não é mesmo?!
O filósofo grego Protágoras disse
que o "homem é a medida de todas as coisas". Isto significa que cada
pessoa pode decidir o seu próprio padrão para o certo e o errado. O que é
moralmente certo para mim, pode estar errado para outro. Esta é a essência do
relativismo. Entretanto, na prática isso não funciona.
A palavra verdade é delimitada como:
“propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade”. Logo, o que é um
fato, pode-se assumir que é uma verdade absoluta. Por exemplo, se uma camiseta
é vermelha com listas pretas, nós não podemos afirmar que ela é verde com
listas brancas, pois não é verdade.
Assim como a verdade é um fato, a
mentira também é. Utilizando-se do exemplo da camiseta, se ela é vermelha com
listas pretas, qualquer outra afirmação sobre ela é mentirosa. Filosoficamente,
e por definição, a mentira é sumariamente o oposto da verdade. Todos sabemos
que a mentira é uma só, aqui e em Marte. Se é assim, a verdade não tem de ser
uma para você e outra para mim!
Se dissermos que é errado
assassinar, por que matamos inocentes na barriga de inúmeras mães? Se dissermos
que é errado adulterar, trair, ou coisas do gênero, por que, então, juramos
fidelidade ao cônjuge? E mais, se dissermos que é certo amar, por que nos
escandalizamos com o ódio propagado mundialmente?
A resposta, para esses e outros
questionamentos, é que a verdade não pode ser relativizada. O que pode existir,
na sociedade, são preferências e cosmovisões aliançadas às tradições pessoais
de cada indivíduo. Contudo a verdade é absoluta. Pois, se valores morais não
existem, qual é o sentido da vida?
Paz e harmonia!
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